Em entrevista coletiva à imprensa santarena na manhã de hoje (20), a prefeita Maria do Carmo avaliou de forma positiva a Festa do Sairé 2011. Segundo a gestora, durante os quatro dias de festividade cerca de 120 mil pessoas circularam pela vila balneária de Alter do Chão, entre elas, 12 mil turistas que vieram prestigiar a maior manifestação cultural do interior do Pará.
A prefeita agradeceu aos órgãos de segurança pública que colaboraram na manutenção da ordem durante a festa do Sairé e destacou alguns números de ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Segundo dados do 4º GBM, em 2011, apenas 28 afogamentos foram registrados em Alter do Chão contra 80 casos em 2010. “Felizmente, não houve nenhuma morte por afogamento. Outros 12 atendimentos foram realizados pelos bombeiros, mas sem maior gravidade. A Polícia Militar registrou apenas duas ocorrências. Pelo volume de pessoas circulando em Alter do Chão durante os quatro dias do Sairé, podemos considerar que a festa deste ano foi muito tranquila. Então, eu quero agradecer o trabalho realizado pelos órgãos de segurança pública que foram nossos parceiros neste Sairé”, disse a Prefeita Maria do Carmo.
Botos – O espetáculo apresentado pelos botos Cor de Rosa e Tucuxi no Sairódromo também foi destacado pela Prefeita na coletiva. “Quero parabenizar o Tucuxi pelo título conquistado, mas também o Cor de Rosa pela bonita apresentação. Este ano, atendendo um pedido especial das agremiações, trouxemos mestres e doutores em Cultura, do estado do Ceará, para serem jurados do festival. Na minha opinião, os jurados deveriam ser do Pará mesmo, porque saberiam diferenciar carimbó de toada, porque a nossa festa é de carimbo. Quem faz toada está fortalecendo a festa dos outros. Mas como os botos queriam jurados de outro estado atendemos o pedido. O festival dos botos foi um sucesso e encantou quem esteve no Sairódromo assistindo as apresentações”, avaliou.
Obras – Na coletiva à imprensa, a gestora santarena também destacou duas obras importantes entregues pelo Governo Cidade da Gente nos últimos meses. “Entregamos 4 mil novos lugares no estádio Colosso do Tapajós ampliando a capacidade de 8 mil para 12 mil torcedores sentados. Já estamos trabalhando no projeto para a próxima etapa da obra. Na parte que já está concluída falta apenas a colocação das cadeiras na arquibancada central. Tudo o que foi exigido para que o São Raimundo e o São Francisco pudessem disputar partidas de competições oficiais no estádio foi feito pela prefeitura. Infelizmente o São Raimundo na conseguiu classificação para a próxima fase da série D, mas temos o São Francisco ainda na disputa de uma vaga no Parazão. Outra obra importante que nós destacamos é a conclusão da segunda etapa da Av. Fernando Guilhon. Já temos um recurso aprovado na ordem de R$ 700 mil, resultado de uma emenda do deputado federal Paulo Rocha, para avançarmos em mais 200 metros a duplicação da avenida e concluirmos a parte de embelezamento, melhoramento das rotatórias e iluminação daquela via”.
Minha casa, Minha Vida – O último assunto tratado pela Prefeita Maria do Carmo durante a coletiva, foi o projeto Minha Casa, Minha vida. Segundo ela, o que está emperrando a liberação do recurso para o início da construção de mais de 3 mil casas populares é a ocupação irregular de uma extensa área de terras à margem esquerda da rodovia Fernando Guilhon. A justiça já autorizou a desocupação do terreno, mas até agora, o governo do estado não determinou à Polícia Militar que retire as pessoas que teimam em construir moradias no local. “Nós estamos realmente preocupados com essa demora na retirada das pessoas que invadiram essa área da Fernando Guilhon desde a margem da rodovia até as imediações do presídio do Cucurunã. Corremos o risco do dinheiro ser destinado pelo governo federal a outro município, porque a área destinada à construção das casas populares está ocupada de forma irregular”, ressaltou.
De acordo com a prefeita Maria do Carmo, um acordo já foi firmado pela prefeitura para a desocupação da área. “Eu só assinei esse acordo que repassa metade das 3.500 casas para a Cohab, para que o governo do estado providencie a total desocupação da área destinada ao Minha Casa, Minha Vida. A prefeitura é contra essa política de invasão de área públicas. Nós somos a favor da propriedade legal. Nossa preocupação é porque quanto mais tempo passa, mais a ocupação se consolida e mais difícil será para retirar essas pessoas. Se demorar muito, por causa de alguns, 3.500 famílias serão prejudicadas porque não terão casas do programa Minha Casa, Minha Vida que pode ser inviabilizado em Santarém por conta das invasões”.
Pelo acordo assinado pela Prefeita, tanto a prefeitura através da secretaria municipal de Habitação, quanto a Cohab, farão os cadastros de famílias que pretendem adquirir um dos imóveis que devem ser construídos na Fernando Guilhon. Os critérios para cadastros são os mesmos exigidos pela Caixa para aquisição de qualquer imóvel popular. A faixa salarial dos interessados deve estar entre 0 a 3 salários mínimos. Das 1.750 casas que ficarão com a Cohab, 20% serão destinadas a pessoas que hoje estão na invasão da rodovia Fernando Guilhon.
Divicom|PMS
